A COP30 vai ganhar a maior trilha sinalizada da América Latina — e ela atravessa a Amazônia

A COP30, que será realizada em Belém, Pará, vai marcar uma estreia ambiental importante: a inauguração da “Trilha Amazônia Atlântica”, considerada a maior trilha sinalizada da América Latina. O percurso cruza 13 unidades de conservação, ligando Belém a Viseu.

A trilha foi planejada para conectar ecossistemas diversos, proporcionar contato direto com a natureza e servir como instrumento educativo sobre conservação ambiental. Ao atravessar áreas protegidas, espera-se que ela também funcione como vitrine do compromisso brasileiro com a Amazônia — mostrando às delegações internacionais, aos ambientalistas e ao público em geral que é possível promover ecoturismo sustentável sem abrir mão da proteção ambiental.

Embora seja uma iniciativa celebrada, ela levanta questões práticas: manutenção de sinalizações, controle de visitantes, infraestrutura de apoio (como trilhas seguras, pontos de observação, informações interpretativas) e fiscalização rigorosa para evitar impactos negativos, como lixo, erosão ou degradação da vegetação. Há ainda o desafio de garantir que o benefício ambiental e turístico repasse para as comunidades locais, incentivando emprego, educação ambiental e preservação do modo de vida.

A inauguração dessa trilha durante um evento tão significativo como a COP30 serve como símbolo. É um gesto, mas também um teste: para mostrar se o Brasil realmente está transformando compromissos climáticos em ações concretas, se há planejamento sustentável e participação local. Se tudo der certo, a Trilha Amazônia Atlântica pode se tornar um legado duradouro da conferência — uma ponte entre discurso e prática em favor da preservação amazônica.


Referências
O Amanhã; O ECO

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