Em 3 de novembro de 2025, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, apresentou a proposta de criação do Sistema Unificado de Assistência Técnica e Extensão Rural (Suater) e do Fundo de Assistência Técnica e Extensão Rural (Fundater), com o objetivo de universalizar o acesso à assistência técnica para todos os produtores brasileiros.
O deputado federal Zé Silva estimou que o fundo necessitará entre R$ 7 bilhões e R$ 10 bilhões, exigindo um aporte mínimo da União de R$ 3,5 bilhões, e sugeriu fontes como royalties do pré‑sal, parte do ITR, desoneração de PIS/Cofins sobre biodiesel e insumos, recursos do Fust, Cfem, CIDE da reforma agrária, além dos fundos constitucionais do Norte, Nordeste e Centro‑Oeste e repasses de combustíveis futuros.
O Fundater será permanente, gerido pela Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) mediante contratos de gestão, e receberá contribuições da União, dos estados e dos municípios, reunindo o orçamento federal já existente de cerca de R$ 3 bilhões que hoje está disperso em vários ministérios, modelo inspirado no SUS.
Otávio Maia, presidente da Asbraer, alertou que, segundo dados da Anater, apenas 9,7% dos recursos atuais são destinados a entidades públicas, enquanto mais de 90% vão a privadas, embora o sistema público atenda 2,5 milhões de produtores, financiado majoritariamente pelos estados, reforçando a necessidade de aporte federal robusto.
Teixeira ressaltou que o Brasil possui tecnologia agrícola avançada, sobretudo da Embrapa, mas que ainda não há investimento em etanol de milho, e defendeu a diversificação das fontes de financiamento para ampliar substancialmente os recursos disponíveis à assistência técnica rural.
