Práticas Agrícolas Sustentáveis Capturam 1,9 Toneladas de CO₂ por Hectare

A Aprosoja MT enfatiza práticas agrícolas que favorecem o sequestro de carbono e a conservação ambiental no campo. A associação valoriza o trabalho daqueles que visam alimentar o mundo, preservando o meio ambiente. Produtores estão adotando práticas sustentáveis como o plantio direto e a rotação de culturas, reduzindo significativamente as emissões de gases de efeito estufa e minimizando os impactos ambientais.

Lucas Costa Beber, presidente da Aprosoja MT, estima que Mato Grosso semeará aproximadamente 13,2 milhões de hectares de soja este ano, seguido por uma segunda safra de milho na mesma área. Um estudo recente da ESALQ e Embrapa indica que áreas que praticam o plantio direto de soja seguido de milho sequestram, em média, 1,9 toneladas de dióxido de carbono (CO₂) por hectare anualmente.

Lucas Costa Beber destaca que o clima tropical do Brasil permite duas colheitas por ano, um sistema que poderia ser adotado por regiões com climas semelhantes, mas que muitas vezes é negligenciado por conveniência. Ele observa que os produtores brasileiros reconhecem os benefícios da gestão conservacionista, incluindo a captura de carbono, a prevenção da erosão e a proteção das fontes de água.

O estudo também revela que áreas com mais de dez anos de plantio direto têm estoques de carbono 30% maiores do que áreas mais novas, demonstrando os benefícios a longo prazo da prática. A alternância entre culturas como soja e milho permite a captura de carbono durante a fotossíntese, com parte desse carbono armazenado no solo pelas raízes.

Marlise Paetzold Marafon, uma produtora rural, adota práticas como o plantio direto e a rotação de culturas. Ela reforça que a produção de soja e milho sequestra mais carbono do que a floresta. O plantio direto ajuda a armazenar carbono, reduz a erosão e evita perdas de solo, diminui os custos operacionais, melhora o rendimento na semeadura e expande a janela de plantio.

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