Em 29 de novembro de 2025, o agronegócio brasileiro intensifica sua presença no mercado imobiliário urbano, com empresários de estados produtores como Mato Grosso, Goiás e Paraná direcionando parte dos lucros das exportações para a compra de imóveis em São Paulo.
Esse movimento é impulsionado pela busca por ativos seguros, de alta liquidez e com potencial de valorização contínua, considerados estratégicos para a preservação de patrimônio.
Incorporadoras, como a Netcorp, têm observado um aumento consistente na demanda por imóveis residenciais e comerciais por parte de investidores do setor agropecuário. Para atender esse público, empresas realizam roadshows em cidades do interior, apresentando projetos com projeções de rentabilidade e desempenho, alinhados ao perfil analítico e criterioso desses compradores.
Segundo Fabrizio Bevilacqua, CEO da Netcorp, o investidor do agronegócio não age por conveniência, mas com base em dados concretos, avaliando rentabilidade, estabilidade e projeção de valor. São Paulo se destaca nesse cenário por oferecer previsibilidade jurídica, forte demanda por locação e histórico de valorização imobiliária, fatores essenciais para decisões de longo prazo.
O fenômeno reflete a profissionalização crescente do agronegócio, que deixou de ser apenas um setor produtivo para se tornar um importante gestor de grandes fortunas. A diversificação de ativos para fora da atividade rural passa a ser uma estratégia consolidada, com foco em planejamento sucessório e sustentabilidade patrimonial.
Esse fluxo de capital do campo para a cidade deve se intensificar nos próximos anos, à medida que o setor continua a gerar excedentes financeiros e os produtores buscam formas de consolidar e perpetuar seu patrimônio em centros urbanos estratégicos como São Paulo.
