São Gabriel do Oeste registrou um fim de semana marcado por extrema violência dentro de residências. Em um intervalo de pouco mais de 36 horas, três mulheres foram vítimas de agressões graves cometidas pelos próprios companheiros — todos os casos atendidos pela Polícia Militar no bairro Centro.
O número assusta, alerta e expõe uma realidade perigosa: a violência doméstica está acontecendo com frequência alarmante, de forma repetida e cada vez mais cruel.
Caso 1: mulher trancada em casa e ameaçada de morte pelo companheiro
Na madrugada de sexta-feira (05), uma mulher de 29 anos acionou o 190 após o companheiro, de 33 anos, destruir objetos, tentar agredi-la e deixá-la trancada na residência ao sair com as chaves. Antes de fugir, ele a ameaçou dizendo que “voltaria para matá-la quando a polícia fosse embora”.
A Polícia Militar localizou o suspeito próximo ao Parque Ecológico. Ele tentou fugir, caiu, sofreu ferimentos no rosto e resistiu à prisão, sendo algemado. Ambos foram levados ao Hospital Municipal e depois à Delegacia.
Caso 2: agressões há uma década e mais uma ameaça de morte
Na noite do mesmo dia (05), outra mulher, de 26 anos, enviou pedido de socorro via WhatsApp ao IPJ de plantão, relatando agressões do companheiro, de 28 anos.
Ela contou que, ao questionar o autor por estar alcoolizado, ouviu ameaças, levou socos no rosto, quase foi enforcada e teve a cabeça pressionada contra o painel do carro. O homem afirmou que sairia com o veículo para tirar a própria vida e que retornaria para matá-la.
Juntos há cerca de 11 anos, a vítima relatou sofrer agressões há aproximadamente dez. Ela expressou o desejo de solicitar medidas protetivas. O agressor admitiu parte das ações.
O casal foi encaminhado ao Hospital Municipal e, depois, à Delegacia.
Caso 3: mulher ensanguentada após agressões neste sábado
Na tarde de sábado (06), vizinhos chamaram a PM ao perceberem uma possível agressão. Ao chegar, a equipe encontrou uma mulher de 54 anos com roupas sujas de sangue, embriagada e visivelmente ferida.
Ela relatou que o convivente, de 45 anos, havia iniciado uma série de agressões por volta da tarde, após discussões relacionadas aos filhos e ao consumo de bebida alcoólica. Com socos e chutes, ele causou ferimentos e danos na residência. Para se defender, a vítima usou uma panela para acertar o autor.
O homem confirmou ter agredido a convivente. Ambos foram encaminhados para atendimento médico e depois à Delegacia.
Um alerta necessário: até quando São Gabriel do Oeste vai conviver com esse ciclo?
Três mulheres.
Três histórias diferentes.
Mas o mesmo pano de fundo: agressões, ameaças de morte, violência repetida e relações adoecidas.
Os casos ocorreram no mesmo bairro, no mesmo fim de semana e em circunstâncias que poderiam ter terminado em tragédia.
O número de ocorrências acende um alerta urgente para toda a sociedade:
- O problema está dentro das casas.
- A violência está crescendo.
- As vítimas estão pedindo socorro — muitas vezes arriscando a própria vida para conseguir ajuda.
É indispensável que a comunidade esteja atenta, que denúncias sejam feitas e que o tema seja tratado como prioridade. A violência doméstica não é um caso isolado — é um problema social grave, silencioso e, como mostram os registros, cada vez mais frequente.
📌 Fonte: Assessoria da 12ª CIPM / CPA-6 / PMMS
