Caramujos e larvas atacam plântulas, interrompendo o crescimento e exigindo replantio

Produtores de Mato Grosso do Sul enfrentam pressão de pragas no início da safra. Técnicos da Aprosoja registraram incidência de caramujos e larvas nas lavouras entre outubro e novembro. O clima irregular e o plantio acelerado favoreceram o aparecimento de insetos de solo que atacam plântulas e reduzem o estande.

O boletim semanal destaca a incidência média do caramujo Drymaeus interpunctus nas regiões norte, centro e nordeste. O torrãozinho-da-soja também foi observado em densidades médias, sobretudo onde o plantio ocorreu sobre palhada acumulada. A fase fenológica das lavouras varia entre VE e V6 na maior parte do estado.

A incidência de buva, capim-amargoso e tiguera de milho também aumenta a competição por água e nutrientes, ampliando o estresse das plantas. A região norte registra incidência média de caramujo e torrãozinho, enquanto a região centro apresenta alta presença de buva e caramujo. A região sudoeste enfrenta média incidência de vaquinha e tripes.

Especialistas da Embrapa explicam que pragas de solo ganham força no início da safra devido à umidade, calor e acúmulo de resíduos. Caramujos e larvas cortam plântulas, interrompem o crescimento e provocam falhas que exigem replantio em situações mais graves.

A Embrapa orienta que o manejo preventivo inclua rotação de culturas, tratamento de sementes, monitoramento frequente e controle químico quando o nível de dano econômico é atingido. O início da safra coincidiu com avanço rápido do plantio, que alcançou 92,1% da área semeada até 14 de novembro. O boletim indica que a previsão climática aponta chuvas irregulares e temperaturas acima da média devido à atuação do La Niña. 93,7% das lavouras do estado estão em boas condições, mas pragas iniciais podem comprometer a produtividade.

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