Crimes virtuais estão em alta, com golpistas visando o 13º salário dos trabalhadores. Uma moradora de Chapadão do Sul perdeu R$ 3 mil em um golpe virtual ao comprar uma peça para seu carro e ser bloqueada pelo estelionatário. A proximidade do pagamento do 13º salário intensifica as cobranças e aumenta os golpes, com pessoas recebendo mais de 20 ligações por dia.
A advogada e professora de direito digital, Luiza Faccin, explica que a cobrança é um direito, mas existem limites. A cobrança se torna abusiva quando é vexatória ou coativa, como ligar para o trabalho do consumidor, ameaçar prisão ou fazer ligações excessivas. Ligações aos domingos, feriados ou tarde da noite também são consideradas abusivas.
Faccin orienta que o consumidor registre provas de cobrança excessiva, como horários, números e nomes de empresas, e grave as ligações. Plataformas como Não Me Perturbe, Consumidor.gov.br e Procon são os principais canais para denúncia.
Com a chegada do 13º salário, os golpes também aumentam. Criminosos usam manipulação psicológica baseada em urgência e oportunidades falsas, como falsas centrais de renegociação, boletos falsos e mensagens fraudulentas do banco. Faccin recomenda uma postura de ‘confiança zero’, verificando beneficiários antes de pagar boletos e evitando links desconhecidos.
Em caso de golpe, é importante agir rapidamente: acionar o banco, solicitar o Mecanismo Especial de Devolução no caso de Pix, contestar compras feitas no cartão, registrar boletim de ocorrência e denunciar nas plataformas onde o golpe ocorreu.
