O governador Eduardo Riedel destacou os avanços e desafios na infraestrutura rodoviária de Mato Grosso do Sul em uma entrevista. Segundo Riedel, 2026 marcará um ciclo de modernização com grandes concessões, expansão da malha pavimentada e o início de obras cruciais para atender ao crescimento do setor produtivo. O contrato de concessão de mais de 870 km da Rota da Celulose está previsto para ser assinado em janeiro, após atrasos devido à desclassificação da empresa vencedora do segundo leilão.
Riedel enfatizou que a duplicação da BR-060 (Campo Grande–Sidrolândia) e da BR-262 (Campo Grande–Aquidauana) é essencial para acompanhar o avanço econômico do estado. O governo federal planeja licitar a hidrovia do Paraguai e a ferrovia Malha Oeste em 2026, ampliando as alternativas logísticas. Em 2026, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) deverá lançar um edital com estudo de viabilização da obra da BR-262. O edital de estudo de viabilização da obra da BR-060 já está em aplicação, com a próxima fase sendo a escolha das empreiteiras via licitação.
A MS-040 permanecerá sob responsabilidade do governo até a assinatura da concessão, também prevista para janeiro. O estado mantém equipes de manutenção para garantir a trafegabilidade mínima. A pavimentação do trecho entre Santa Rita e Brasilândia já foi licitada, abrindo um novo corredor de acesso ao Estado de São Paulo. O governador detalhou obras que atendem os grandes projetos industriais em andamento, como a Arauco (Inocência) com mais de R$ 25 bilhões já aplicados e a Bracell (Bataguaçu), com obras previstas para começar no início de 2026.
Somados, os investimentos privados chegam a cerca de R$ 47 bilhões. Riedel ressaltou que o Estado segue ampliando trechos pavimentados em regiões que antes não tinham acesso adequado, reforçando o plano de garantir rotas alternativas de escoamento. Com a chegada de novos empreendimentos, o Estado intensificou a qualificação profissional em parceria com o Sistema S e as escolas estaduais.
O Estado atravessou 2025 com foco em manter o equilíbrio fiscal, mesmo diante da queda na arrecadação do ICMS do gás. Em agosto, foi decretada a redução de gastos para revisar os contratos vigentes, com o objetivo de reduzir 25% dos valores contratados. O governador também comentou sobre o aumento dos feminicídios em Mato Grosso do Sul, o leilão de serviços do Hospital Regional e o adiamento da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados 3 (UFN-3) em Três Lagoas.
