Na audiência pública realizada na Câmara Municipal nesta segunda-feira, 8 de dezembro de 2025, a Prefeitura defendeu que Campo Grande pode ser o escritório da Rota Bioceânica. A discussão abordou os pontos positivos e negativos da rota, que pode facilitar e baratear o comércio de eletrônicos e alimentos para os moradores da Capital, devido ao acesso aos países da Ásia.
Representantes do Ministério de Planejamento e Orçamento participaram remotamente da audiência, juntamente com vereadores e representantes comerciais. A ministra Simone Tebet cancelou sua participação. Paulo César Fialho, gerente de Integração e Parceira da Semades, destacou que Campo Grande pode ser o escritório da Rota, sendo a maior cidade do corredor bioceânico. Ele mencionou que a China é o principal parceiro comercial e que a rota tornará viável o transporte de mercadorias para a Ásia.
Fialho também mencionou que os valores de eletrônicos e do salmão podem ser reduzidos. O vereador Maicon Nogueira (PP) cobrou mais divulgação sobre a Rota Bioceânica, enfatizando que Campo Grande precisa se diversificar e atrair grandes indústrias.
A Rota Bioceânica é um corredor rodoviário internacional de mais de 2,4 mil quilômetros que conecta os oceanos Atlântico e Pacífico, integrando Brasil, Paraguai, Argentina e Chile. A expectativa é de que a rota reduza em até 30% os custos logísticos e de 15 a 17 dias o tempo de transporte em relação ao caminho pelo Porto de Santos.
A Ponte Internacional da Rota Bioceânica, que ligará Porto Murtinho a Carmelo Peralta, está com 75% da obra concluída e deverá ser finalizada no segundo semestre de 2026. As obras de acesso à estrutura, com cerca de 13 quilômetros de extensão em território brasileiro, têm previsão de entrega até o fim do mesmo ano. A estrutura estaiada é considerada estratégica para consolidar o Corredor Rodoviário de Capricórnio, ligando os portos do Norte do Chile (Antofagasta e Iquique), passando por Paraguai e Argentina, até os portos brasileiros. O fluxo inicial estimado é de 250 caminhões por dia.
