A venezuelana María Corina Machado foi laureada com o Prêmio Nobel da Paz de 2025 em reconhecimento à sua atuação persistente pela democracia e pelos direitos humanos em seu país. O Comitê Norueguês do Nobel destacou que ela unificou setores da oposição venezuelana e jamais recuou na resistência à militarização da sociedade, defendendo uma transição pacífica de uma ditadura para um regime democrático.
O comitê ressaltou que a Venezuela transformou-se de uma nação relativamente democrática em um Estado autoritário marcado por uma crise econômica e humanitária profunda, em que uma parcela significativa da população vive em extrema pobreza enquanto o aparelho do Estado dirige violência contra cidadãos. María Corina Machado é coordenadora de movimentos civis de fiscalização eleitoral e foi impedida de concorrer à presidência nas eleições de 2024. Mesmo assim, apoiou outro candidato opositor e liderou mobilizações contestando o resultado oficial, considerado por muitos fraudulento.
Conhecida por sua atuação firme e incisiva, Machado enfrentou restrições políticas como cassação de mandato e inabilitação para cargos públicos por 15 anos. Apesar disso, manteve presença política ativa, denunciou violações e assumiu o protagonismo em momentos críticos, mesmo sob ameaças e tentativas de silenciamento.
A honraria ao seu nome reforça o reconhecimento internacional da luta venezuelana por eleições livres e pela reconstrução institucional. O prêmio será entregue em Oslo em 10 de dezembro de 2025 e consagra Machado como símbolo de resistência democrática.
Comentários
Adicione o seu