Sindicato Rural de São Gabriel do Oeste, promove discussão sobre a retirada da vacina contra aftosa no Estado

| VICTOR CURRALES


Daniel Ingold, Diretor Presidente do IAGRO/MS, apresentou o plano estratégico para que MS receba a certificação Livre da Aftosa sem vacinação - Foto: Victor Currales

Mato Grosso do Sul já integra o grupo da liderança brasileira no ranking de produção e exportação de proteína animal. Com seu avanço nas etapas do PNEFA (Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa), busca agora a conquista da certificação como área livre de aftosa sem vacinação, para alcançar novos patamares mundiais.

A retirada da vacina de febre aftosa faz parte do Plano Estratégico do PNEFA, que estabelece no Brasil uma série de regramentos sanitários de acordo com o determinado pela OIE (Organização Mundial de Saúde Animal).

Para apresentar o projeto de tornar Mato Grosso do Sul livre da febre aftosa sem vacinação aos produtores de São Gabriel do Oeste e região, o Sindicato Rural de São Gabriel do Oeste por intermédio do vice-presidente, Renê Miranda, promoveu uma reunião ontem (12/01/2022), na sede da entidade classista, tendo como palestrante Daniel Ingold, Diretor Presidente da Agência Estadual de defesa Sanitária Animal e Vegetal - IAGRO/MS.  

Em pauta, foram apresentadas as diretrizes básicas do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), que devem ser geridas entre o Governo de MS e iniciativa privada entre elas, o aperfeiçoamento da capacidade do Serviço Veterinário Oficial (SVO), a regionalização das ações, a sustentação financeira, adequação e fortalecimento do sistema de vigilância, a agilidade e precisão no diagnóstico, a previsão de imunógeno (partícula, molécula estranha ou organismo capaz de induzir uma resposta imunológica) para emergências veterinárias, cooperação internacional e educação em saúde animal, assuntos, que divide opiniões entre os produtores.

O produtor e vice-presidente do Sindicato Rural de São Gabriel do Oeste, Renê Miranda, vê com reservas o adiantamento da suspensão. Na avaliação dele, ainda há etapas a cumprir. "Temos hoje o agronegócio como motor da economia nacional. Podemos perder isso e voltar à estaca zero e até correndo o risco de perder mais de meio século de avanços no estudo da genética de melhoramento do rebanho da região”, observou o pesquisador e produtor Renê Miranda.

O pecuarista destacou a necessidade de estar atento à perspectivas de mercados, dimensionando a questão do risco e ampliar estudos, debruçando-se sobre o tema de forma técnica. “Tendo em vista que esta é uma decisão que o Brasil e os demais estados irão fazer, entendemos que Mato Grosso do Sul precisa acompanhar, até para que não fiquemos isolados do país”, afirmou. Destacando ainda que o risco de introdução do vírus é permanente, e existe tanto com vacinação quanto sem.

Para o Presidente do IAGRO/MS, Mato Grosso do Sul, que faz parte do Bloco IV junto com os estados da Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Sergipe, São Paulo, Tocantins e Distrito Federal, a retirada da vacinação representará a chancela oficial do que já vem sendo desenvolvido até hoje: produção de carne bovina com qualidade, sustentabilidade e segurança alimentar, explicou Daniel Ingold.

Para ele, esse reconhecimento “sela” a credibilidade do estado como produtor de proteína animal frente aos mercados consumidores internacionais, potencializando também as chances de acessar novos mercados e obter melhores negociações em preço e volumes.

Recentemente um parecer favorável da Organização Mundial de Saúde Animal reconheceu os estados do Paraná, Rio Grande do Sul e do Bloco I (Acre, Rondônia e parte de Amazonas e Mato Grosso) como zonas livres de aftosa sem vacinação.

Elencar MS nessa relação, muito em breve, não somente pelo aprimoramento dos serviços veterinários oficiais e a implantação de medidas para a manutenção do status de área livre de febre aftosa, mas também pelo comprometimento e eficiência de nossos produtores rurais nas mais diversas cadeias produtivas. Será uma grande evolução na já imagem positiva da carne bovina sul-mato-grossense no exterior, ampliando mais ainda o panorama mercadológico para outras proteínas, como a suína e a de aves”, analisa Daniel Ingold.

Autoridades como os Secretários Municipais de Desenvolvimento Econômico, Roberto Emiliani Junior  e de Infraestrutura e Trânsito, Eris de Oliveira Barbosa, Sergio Marcon, Presidente da Cooasgo, Prefeito de São Gabriel do Oeste, Jeferson Tomazoni, Renê Miranda, Vice-Presidente do Sindicato Rural, pecuaristas da região e empresários do setor prestigiaram e evento.   

 

Fonte; Victor Currales


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