O general Gonçalves Dias pediu demissão hoje do cargo de ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República. O pedido ocorre após um vídeo, divulgado pela CNN Brasil, revelar a presença de Dias no Palácio do Planalto durante as invasões golpistas de 8 de janeiro.

O pedido de demissão foi feito após uma reunião com Lula e chefes de outras pastas. O general da reserva é o primeiro ministro a deixar o governo neste 3º mandato de Lula.

A atuação do GSI durante os atos de 8 de janeiro, em que apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, é alvo de críticas. 

Justificativas do ex-ministro e do GSI

Em entrevista à TV Globo, Gonçalves Dias disse que estava no Planalto na ocasião para tentar retirar manifestantes. "Eu entrei no palácio depois que o palácio foi invadido e estava retirando as pessoas do 3º e do 4º piso, para que houvesse a prisão no 2º".

Já o GSI divulgou nota na qual afirma que as imagens mostram a "atuação dos agentes de segurança que foi, em um primeiro momento, no sentido de evacuar o quarto e o terceiro piso do Palácio do Planalto".

Quem é Gonçalves Dias?

Marco Edson Gonçalves Dias é natural de Americana (SP). Ele entrou para o Exército em 1969. Chegou a ocupar o cargo de Comandante da Sexta Região Militar e a comandar o 19° Batalhão de Infantaria Motorizado. Foi alçado ao cargo de general e, atualmente, está na reserva (como os militares chamam a sua aposentadoria).

Dentro do governo, já foi Secretário de Segurança da Presidência da República do governo Lula e chefe da Coordenadoria de Segurança Institucional da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). 

 Novo comando do GSI

O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli, será o novo chefe interino do GSI. A informação é do ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta.

Fonte: G-1