Eleições Responsáveis...

No atual sistema democrático vigente no país, a política, tão mal vista, questionada por muitos, ainda continua sendo o melhor caminho para promover as transformações e mudanças sociais no município, sejam elas mudanças sociais, econômicas, estruturais e para tanto, a cada quatro anos abre-se a possibilidade de, todo aquele que tiver interesse, participar do processo.

E assim, em Rio Verde de Mato Grosso, não deveria ser diferente, com pouco mais de 14 mil eleitores (Dados de 2018), o clima da cidade costuma atingir altas temperaturas durante o processo eleitoral que praticamente divide a cidade nessas épocas, e este ano, a campanha por aqui já começou em alto giro.

Esta semana logo no primeiro dia de abertura do período das convenções partidárias, dois episódios lamentáveis já deram mostra do que vem pela frente de um dos grupos políticos da cidade, que por contumácia, vem buscando a volta ao poder com as velhas e reprovadas práticas.

Rio Verde merece e precisa de mais diálogo, precisa avançar com a modernidade e um bom projeto administrativo. Entretanto, a grande pergunta que se faz é: Essa é a nova política? Essa é a mudança que prometem? Iniciar uma campanha com ataque rasteiro contra a honra de uma pessoa que mora no município há quase meio século, que tem uma invejável folha de serviços prestados à comunidade, foi e é vereador em seu quarto mandato, foi um grande tiro no pé.

Além disso, afrontaram no primeiro dia, a Justiça Eleitoral divulgando uma pesquisa irregular numa clara tentativa de induzir o eleitorado, que já mostrou não se iludir mais com esse tipo condenável de jogo e manipulação, fato que já está sendo investigado pelo Ministério Público.

Não estou aqui, almejando tirar ou cercear o direto de manifestação e expressão ou na defesa de ninguém, aliás respeito todas. Apenas, questiono a forma, pois, por mais que, os “novos da política”, queiram se apresentar como novos, não precisam descontruir o que as gerações anteriores de políticos fizeram pela cidade.

Tenho sempre comigo a visão que o município, não precisa necessariamente de grupos novos e nem velhos, nem vermelhos, amarelos, azuis ou verdes e sim serem inovadores ou unidos num mesmo ideal, o ideal que o município prospere para todos, num campo tão árido e complexo.

De novos, ao que tudo indica pelas frases de efeito, estão apenas demonstrando que estão impregnados de pré-conceitos, ignoram a história da cidade e nada de inovador apresentam.

Lembrando que isso, não é fruto do acaso, é fruto daquilo que os ditos ‘novos’ chamam de ‘velha política’. Sim, Rio Verde de Mato Grosso, tem problemas e muitos. Afinal de contas, uma cidade não nasce pronta e nunca estará.

Para os “novos” na política, é preciso entender que a cidade é um organismo vivo, que cresce e se desenvolve diariamente, sendo então indispensável a quem quer que seja e que almeje um cargo eletivo, respeitar a história e o momento de cada gestor que já passou pelo paço municipal. Fosse Assim, Roma, na Itália, Atenas na Grécia, Jerusalém em Israel, para citar três das mais antigas, cidades do mundo poderiam ser declaradas prontas. Mas não, lá também há problemas.

Ao invés de criticar quem já fez ou está fazendo. Os “novos” na política deveriam se apresentar como inovadores e propositores. Mostrando que a cidade pode e necessita mais. Mas, para tudo na vida como na política, para ser inovador e propositor é necessário conhecimento, humildade e respeito e, no caso da política, essas virtudes e conhecimento do contexto político é o básico.