Cultura será estratégia para engrossar movimento de luta antimanicomial

Música, dança, contação de histórias serão realizadas para chamar atenção sobre tratamentos realizados em manicômios.

| VICTOR CURRALES


Ações para divulgar a importância de uma sociedade livre de manicômios estão sendo realizadas em todo o País a partir desta segunda-feira (15), como parte da "Semana da Luta Antimanicomial" – movimento que se caracteriza pelo combate ao desrepeito dos direitos das pessoas com sofrimento mental.

Em Campo Grande haverá atividade na próxima quinta-feira, dia 18 - principal data do calendário instaurado em 1987 como símbolo da luta pelo fim dos manicômios, quando há destaque para a importância de manter pessoas com sofrimento mental em liberdade. 

A partir das 14h, no Horto Florestal, haverá o lançamento do projeto CulturalMente” desenvolvido pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) em parceria com as Sectur (Secretaria Municipal de Turismo).

O objetivo é conscientizar a socidade quanto ao à importância de tratamentos sem internação em manicômios. Serão realizadas apresentações de música, dança, roda de capoeira e contação de histórias.

Está prevista a presença do prefeito Marquinhos Trad (PSD).

Assistência 24 horas

Como parte da Semana de Luta Antimanicomial, foi inaugurada nesta manhã (15), o CAPS IJ (Centro de Atenção Psicossocial Infanto-juvenil), no bairro Guanandi, o primeiro com essas características no Centro-Oeste, e terceiro no País.

A unidade é especializada no atendimento de pessoas com problemas psíquicos, além de dificuldades com bebidas alcóolicas e drogas. Voltado ao público de 0 a 18 anos, o espaço vai oferecer assistência 24 horas por uma equipe multidisciplinar de médicos, enfermeiros e psiquiatras e técnicos.

Objetivo é atender casos de autismo, psicoses, neuroses graves e todos que estão impossibilitados de manter ou estabelecer laços sociais, por conta da condição psíquica.

Combate ao isolamento

Um dos principais combates do movimento antimanicomial é contra a idéia de que se deve isolar a pessoa com sofrimento mental para realização de tratamentos específicos.

A meta é que haja substituição progressiva dos hospitais psiquiátricos tradicionais por serviços abertos de tratamento e formas de atenção diversificadas.

Essa mudança implicaria na implantação de uma ampla rede de atenção em saúde mental, apta a articular serviços das áreas de ação social, cidadania, cultura, educação, trabalho e renda.

 

 

Fonte: Anahi Gurgel/Campo Grande News


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